Gênero na BNCC de ciências da natureza buscando brechas para outros currículos

Conteúdo do artigo principal

Lara Casarim Leite
Roney Polato de Castro
Anderson Ferrari

Resumo

O foco do nosso artigo é a problematização das discussões de gênero na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mais especificamente na área de Ciências da Natureza. Nossos objetivos são dois. Primeiro, construir o contexto de disputa e de tensionamentos em torno do conhecimento, tanto no que diz respeito às relações de gênero e sexualidade quanto à disciplina de Biologia. Segundo, é pensar as possibilidades de brechas e de outros currículos a partir do que está prescrito para a disciplina de Biologia, considerando que o gênero é um organizador social e, portanto, presente nos conteúdos elencados. A metodologia é a problematização, o que nos aproxima da perspectiva foucaultiana para colocar sob suspeita nossas formas de pensar e agir.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Leite, L. C., Castro, R. P. de ., & Ferrari, A. (2021). Gênero na BNCC de ciências da natureza: buscando brechas para outros currículos. Revista De Ensino De Biologia Da SBEnBio, 14(1), 390–409. Recuperado de https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/491
Seção
Dossiê Temático - Gênero, Sexualidade e Ensino de Biologia - entre práticas
Biografia do Autor

Lara Casarim Leite, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Mestranda em Educação - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Licenciada em Ciências Biológicas pela mesma instituição. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Professora PIDEJA no Cap. João XXIII e na rede estadual de Minas Gerais.

Roney Polato de Castro, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutor em Educação - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Professor da Faculdade de Educação - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Anderson Ferrari, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutor em Educação - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós Doutor em Educação e Cultura - Universidade de Barcelona. Professor permanente - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Referências

ABGLT. Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil: um relatório da Secretaria de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, 2016.

ALAMINO, Felipe Nicolau Pimentel; DEL VECCHIO, Victor Antonio. Os princípios de Yogyakarta e a proteção de direitos fundamentais das minorias de orientação sexual e de identidade de gênero. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, v. 113, p. 645-668, jan./dez. 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/156674. Acesso em: 16 fev. 2021.

ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

BARROSO, Ramon Roberto de Jesus; SILVA, Lana Claudia Macedo da. Gênero e Sexualidade na educação brasileira em tempos de Movimento Escola Sem Partido. Revista Diversidade e Educação, v. 8, n. 1, p. 427-451, jan./jun. 2020. Disponível em: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/11160/7833. Acesso em: 08 fev. 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ciências na Natureza. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 08 fev. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.html. Acesso em: 10 fev. 2021.

CASTRO, Roney Polato de; REIS, Neilton dos. “Eu comecei a dar uma aula mais biológica mesmo, porque é bem polêmico”: currículo de Ciências e Biologia e os atravessamentos de diversidade sexual e de gênero. Ensino Em Re-Vista, Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 16-39, jan./abr./2019. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/48426/25883. Acesso em: 21 fev. 2021.

CURY, Carlos Roberto Jamil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a base nacional comum. In: BRZEZINSKI, Iria. LDB 1996 Contemporânea: contradições, tensões e compromissos. São Paulo: Cortez, 2014.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Editora Paz & Terra, 2014.

FRANCO, Luiz Gustavo; MUNFORD, Danusa. Reflexões sobre a Base Nacional Comum Curricular: Um olhar da área de Ciências da Natureza. Horizontes, v. 36, n. 1, p. 158-170, jan./abr. 2018. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/582/267. Acesso em: 21 fev. 2021.

HUMBERTO, Carlos. Barroso suspende norma que proibia conteúdos relacionados a questões de gênero em escolas de Londrina. GZH Educação e Trabalho, 2019. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2019/12/barroso-suspende-norma-que-proibia-conteudos-relacionados-a-questoes-de-genero-em-escolas-de-londrina-ck44z71cd05jf01rztkgiabcu.html. Acesso em: 19 fev. 2021.

LOPES, Alice Casimiro. Por um currículo sem fundamentos. Linhas Críticas, Brasília, DF, v. 21, n. 45, p. 445‐466, mai./ago. 2015. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/4581/4179. Acesso em: 08 fev. 2021.

LOURO, Guacira Lopes. Pensar a sexualidade na contemporaneidade. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação (SEED). Departamento da Diversidade. Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. Sexualidade. Curitiba: SEED, 2009. p. 29-35.

LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In: _____. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Curricular Comum: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e‐Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03, p.1530 ‐ 1555 out./dez. 2014. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/21666. Acesso em: 08 fev. 2021.

MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Comum para currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem? Educação & Sociedade, Campinas, v. 36, n. 133, p. 891-908, out./dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v36n133/1678-4626-es-36-133-00891.pdf. Acesso em: 08 fev. 2021.

PICCININI, Cláudia Lino; ANDRADE, Maria Carolina Pires de. O ensino de Ciências da Natureza nas versões da Base Nacional Comum Curricular, mudanças, disputas e ofensiva liberal-conservadora. REnBio - Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, v. 11, n. 2, p. 34-50, dez./2018. Disponível em: http://sbenbio.journals.com.br/index.php/sbenbio/article/view/124/32. Acesso em: 16 fev. 2021.

RIOS, Pedro Paulo; CARDOSO, Helma; DIAS, Alfrancio. Concepções de gênero e sexualidade d@s docentes do curso de licenciatura em pedagogia: por um currículo Queer. Educação & Formação, Fortaleza, v. 3, n. 2, p. 98-117, 2018. Disponível em:https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/272. Acesso em: 16 fev. 2021.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; MORTIMER, Eduardo Fleury. Abordagem de aspectos sociocientíficos em aulas de ciências: possibilidades e limitações. Investigações em Ensino de Ciências, v. 14, n. 2, p. 191-218, 2009. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/355/222. Acesso em: 21 fev. 2021.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez., 1995.

SEPULVEDA, José Antônio; SEPULVEDA, Denise. Conservadorismo e seus impactos no currículo escolar. Currículo sem Fronteiras, v. 19, n. 3, p. 868-892, set./dez. 2019. Disponível em: https://www.curriculosemfronteiras.org/vol19iss3articles/sepulveda-sepulveda.pdf. Acesso em: 22 fev. 2021.

SILVA, Fabiane F.; RIBEIRO, Paula R. C. Trajetórias de mulheres na ciência: “ser cientista” e “ser mulher”. Ciência & Educação, Bauru, v. 20, n. 2, p. 449-466, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ciedu/v20n2/1516-7313-ciedu-20-02-0449.pdf. Acesso em: 21 fev. 2021.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.