Identidades de gênero no ensino de biologia: entre a violência objetificadora da cisnormatividade e os saberes trans-gressores em sala de aula

Conteúdo do artigo principal

Yonier Alexander Orozco Marín

Resumo

O objetivo do trabalho foi caracterizar as tensões entre a violência objetificadora da cisnormatividade e saberes transgressores, mobilizados durante o desenvolvimento de uma proposta didática para o ensino do sistema endócrino, por meio da análise dos debates em torno da "identidade de gênero" nos esportes de alto rendimento, com alunos da oitava série do ensino fundamental. Por meio do uso da autobiografia como registro da ação política do pesquisador/professor, o trabalho permite reconhecer que propostas didáticas de aparência progressista/transgressora não estão isentas de reforçar violências no ensino de biologia, e que problematizar a cisnormatividade, como estrutura de opressão que produz e legitima a transfobia, é uma tarefa importante para o campo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Orozco Marín, Y. A. (2021). Identidades de gênero no ensino de biologia: entre a violência objetificadora da cisnormatividade e os saberes trans-gressores em sala de aula. Revista De Ensino De Biologia Da SBEnBio, 14(1), 334–355. https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.458
Seção
Dossiê Temático - Gênero, Sexualidade e Ensino de Biologia - entre práticas
Biografia do Autor

Yonier Alexander Orozco Marín, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mestre em ensino de ciências e matemática. Universidade Federal do Acre (UFAC) Rio Branco, AC - Brasil. Doutorando em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Referências

BELLO, Alanis. Hacia una trans-pedagogía: reflexiones educativas para incomodar, sanar y construir comunidad. Debate feminista, v. 55, p. 104-128, 2018.

FARIAS, Yaci. “Uma canção pra você” a música em uma proposta de sequência didática voltada para um ensino de biologia não sexista. Revista Ensino de biologia, v. 13, n. 2, p. 268-288, 2020.

FLORES, Valeria. Interrupciones Ensayos de poética activista Escritura, política, educación. Neuquen: La Mondonga Dark, 2013.

GARCIA, Ketlyn; LOPES, César; LOGUERCIO, Rochele. Trans-orgânica uma proposta de ensino de química orgânica utilizando as temáticas de gênero e sexualidade. In: X CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE INVESTIGACIÓN EN DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS… memorias. Sevilla, España, 2017.

GARCIA, Lía. El deseo, el afecto y la seducción como categorías pedagógicas. Entrevista realizada por Diego Falconi. Revista Interdisciplinaria de Estudios de Género de El Colegio de México, v. 6, e549, 2020.

GRAHAM, Andrew. Como escrever e usar estudos de caso para ensino e aprendizagem no setor público. Brasilia: ENAP, 2010.

LOSADA, Camilo. Pedagogías decoloniales y cocuidado: un aporte en la reconstrucción y restitución de la memoria colectiva de hombres transgénero de la organización social hombres en desorden. Trabajo de conclusión de curso, Licenciatura en Educación Comunitaria con énfasis en derechos humanos, Universidad Pedagógica Nacional. 2016.

MENDEZ, Alexis. La perspectiva de género en la enseñanza del sistema endocrino: una experiencia didáctica en contexto de educación remota. Revista de Educación en Biología, Número Especial, p.12, 2020.

NASCIMENTO, Caroline. Educação das Relações Étnico-Raciais: Branquitude e Educação das Ciências. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação Cientifica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, 2020.

PAGAN, Alice. Entre o bélico e o diplomático: Transicionar a ciência como possibilidade de humanizar a educação ambiental. Revista Sergipana de Educação ambiental, v. 7, p. 1-19, 2020.

PAGAN, Alice. O ser humano do ensino de biologia: Uma abordagem fundamentada no autoconhecimento. Revista entreideias, v. 7, n. esp, p. 73-86, 2018.

PONTES, Ana; NETO, José. A fada madrinha da passabilidade: hormônios e o ensino de química. In: OLIVEIRA, Roberto; QUEIROZ, Gloria. (Orgs.) Conteúdos Cordiais : Química Humanizada para uma Escola sem Mordaça. São Paulo: Editorial da Física, 1a edição, 2017.

RANNIERY, Thiago. Gênero não tem cabimento, nem nunca terá: ensino de biologia e a relação natureza e cultura. Revista educação e cultura contemporânea, v. 18, n. 52, p. 485-516, 2021.

SANTOS, Sandro; QUEIROZ, Elenita. Ensino de Biologia e transsexualidade. Ensino em Revista, v. 26, n. 1, p. 147-172, 2019.

SANTOS, Sandro; MARTINS, Matheus. Entre encontros e ensino de biologia e gêneros e sexualidades: sopros e insurgências de uma biologia menor. REnBio, v. 13, n. 1, p. 141-152, 2020.

SANTOS, Silvio. O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. Plural, v. 24, n. 1, p. 214-241, 2017.

VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. Dissertação de Mestrado Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade, Universidade Federal da Bahia, 2015.

WAYAR, Marlene. La visibilidad de lo invisible. In: BERKINS, Lohana. Cumbia, copeteo y lágrimas: Informe nacional sobre la situación de las travestis, transexuales y transgéneros. A.L.I.T.T. Asociación de lucha por la identidad travesti-transexual. Buenos Aires. 2007.

YORK, Sara; OLIVEIRA, Megg; BENEVIDES, Bruna. Manifestações textuais (insubmissas) travesti. Estudos feministas, v. 28, n. 3, e75614, 2020.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.