CURRÍCULOS QUE ENROJECEN PERFORMANCES CARTOGRÁFICAS Y CONFLUENCIAS CON EL ACEROLO EN LA ENSEÑANZA DE LA BIOLOGÍA EN TIEMPOS DEL ANTROPOCENO
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Resumen
Este trabalho propõe um rompimento com os modelos hegemônicos e tecnicistas do ensino de Biologia, por meio de uma experiência sensível, poética e situada envolvendo uma aceroleira presente no quintal. A cartografia é aqui mobilizada como metodologia e as fabulações como práticas de envolvimento, produzindo um percurso rizomático que entrelaça botânica, arte, currículo e território. Assim, o texto insere-se no campo do Ensino de Biologia, especialmente nas discussões sobre educação ambiental, Antropoceno, Estudos Culturais e formação docente, propondo práticas curriculares sensíveis que reconhecem o território e a vida como potências pedagógicas. Através de quatro fotoperformances: ofertar, figurar, oracular e nutrir; a acerola aparece não apenas como objeto de estudo botânico e fonte de vitamina C, mas como mestra, oráculo e símbolo de abundância, estética e potência pedagógica. Enraíza-se, assim, uma epistemologia que reconhece corpo, chão e sensopercepção como espaços legítimos de aprendizagem. A valorização da flora local, aliada à expressividade artística e à força fabulatória, abre possibilidades para um ensino de Biologia criativo, afetivo e conectado às realidades vividas. Ensinar se torna ato de partilha e de cuidado, em confluência com o que a terra dá e com o que a terra quer, em sintonia com as forças vitais que resistem à fantasmagorização da vida e em diálogo com as urgências de adiar o fim do mundo e de ficar com o problema. Assim, o currículo rubrescente – fabulado com a aceroleira – se afirma como prática de reencantamento e insurgência que, em meio às ruínas do Antropoceno, insiste em cultivar mundos possíveis: começo, meio, começo.
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