ÁRVORE LUGAR DE EPISTEME, CULTURA E (EDUC)AÇÃO
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Resumo
Que lugar (excêntrico) é esse, em que a árvore se faz centro, suscitando pensamentos, fabulações e confabulações coletivas sobre outros modos de habitar um mundo atravessado por um colapso ambiental já anunciado e vivenciado? Diante do Antropoceno e de um narcisismo humano que insiste em ignorar os sinais do planeta, conduzindo a humanidade e a própria vida a um abismo sem precedentes, este ensaio busca superações, convocando epistemologias partilhadas entre todos os seres vivos. Inspirado em Krenak, para quem “o futuro é ancestral”, o texto resgata a milenar relação entre árvores e humanos, propondo a árvore como arquétipo da verticalidade e como chave para uma (cosmo)visão multiespécie. Nesse percurso, estabelece diálogo com autoras e autores da chamada “virada vegetal”, para quem as plantas ocupam o centro da compreensão de quem somos. O percurso culmina no chamamento “Arvore-se!”, movimento de resistência e educação, desdobrado em dois encontros e um manifesto coletivo.
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