BETWEEN BIOLOGY AND INDIGENISM: PRACTICES, CONFLICTS, AND RESISTANCES IN SCIENCE EDUCATION

Main Article Content

Raíza Padilha Scanavaca
Rosileia Oliveira de Almeida

Abstract

This essay offers a critical reflection on the intersections between Biological Sciences and Indigenism, aiming to rethink Biology education as an educational field committed to life, social justice, and biodiversity. Through a critique of scientific neutrality and the technicism of the school curriculum, it is argued that both Biology and Indigenism are fields shaped by epistemological, ethical, and political disputes. While Biology can be mobilized either to justify social inequalities or to value life in its diversity, Indigenism carries historical contradictions but also holds anticolonial and educational potentials The article thus articulates Indigenous epistemologies, philosophy of science, and a critique of neoliberalism, proposing a reconfiguration of Biology teaching as a pedagogical practice engaged in the defense of both human and non-human life, and in the formation of ethical, critical, and solidaristic subjects. In a world marked by socio-environmental collapse, educating for the valorization of life and the construction of possible worlds becomes an ethical, and political imperative.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
Padilha Scanavaca, R., & Oliveira de Almeida, R. (2025). BETWEEN BIOLOGY AND INDIGENISM: : PRACTICES, CONFLICTS, AND RESISTANCES IN SCIENCE EDUCATION. SBEnBio Biology Teaching Journal, 18(nesp.1), 264–284. https://doi.org/10.46667/renbio.v18inesp.1.1918
Section
Dossiê Temático: Ensino de Biologia diante do Antropoceno: fabulando respostas, experimentando caminhos

References

ALBERT, Bruce. “‘Freezer anthropology’ e bioética: o caso do sangue Yanomami”. In:

RICARDO, Beto; RICARDO, Fany (Org.). Povos indígenas no Brasil: 2001 a 2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006.

ARROYO, Miguel González. Currículo, território em disputa. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

BIZZO, Nélio. Eugenia: quando a biologia faz falta ao cidadão. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n. 92, p. 38-52, 1995.

BOOKCHIN, Murray. Sociobiologia ou ecologia social. Rio de Janeiro: Achiamé, 2012.

CARINE, Bárbara. Como ser um educador antirracista. 5. ed. São Paulo: Planeta, 2024.

COSTA, João Gabriel. A natureza enquanto cooperação: o lugar de Kropotkin na biologia evolutiva. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

DEL CONT, Valdeir. Francis Galton: eugenia e hereditariedade. Scientiae Studia, São Paulo, v. 6, n. 2, 2008.

DIEGUES, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2001.

GUERRAS no Brasil. Direção: Luiz Bolognesi. Participação: Ailton Krenak. Produção: Netflix. Série, 1. temporada, 1. episódio (26 min.), 2019.

KEITEL, Liane; PEREIRA, Reginaldo; BERTICELLI, Ireno. Paradigmas emergentes, conhecimento e o meio ambiente. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 14, n. 1, p. 131-145, 2012.

KEREXU, Yxapy. Comunicação pessoal. Terra Indígena Morro dos Cavalos, Palhoça, SC, 2018. Informação verbal concedida à autora.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KOPENAWA, Davi. O projeto de saúde Demini: Mensagem para Bruce Albert gravado por Lucimara Montejane. Boletim Urihi, CCPY n. 16, São Paulo, 1992.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

KROPOTKIN, Piotr. Apoio mútuo: um fator da evolução. Tradução: Dinah de Abreu Azevedo. [S.l.]: [s.n.], [s.d.]

LACEY, Hugh. Uma ciência com valores: rumo ao engajamento social e à solidariedade com os povos tradicionais. Campinas: Komedi, 2008.

LEVINS, Richard; LEWONTIN, Richard. Dialética da biologia: ensaios marxistas sobre ecologia, agricultura e saúde. Tradução: Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos da USP. São Paulo: Expressão Popular, 2022.

LEWONTIN, Richard. Biologia como ideologia: a doutrina do DNA. Tradução e revisão: F. A. Moura Duarte; Francine Muniz; José Tadeu de Sales. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2010.

MUNANGA, Kabengele. Texto de blog, 3 ago. 2018. Disponível em: https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59. Acesso em: 30 maio 2025.

MAPBIOMAS. Relatório Anual do Desmatamento no Brasil – RAD 2024. São Paulo: MapBiomas, 2025. Disponível em: https://alerta.mapbiomas.org/wp-content/uploads/sites/17/2025/05/RAD2024_15.05.pdf. Acesso em: 5 jun. 2025.

MUNDURUKU, Daniel. O caráter educativo do movimento indígena brasileiro (1970-1990). São Paulo: Paulinas, 2012.

NOELLI, Francisco Silva. Aportes históricos e etnológicos para o reconhecimento da classificação guarani de comunidades vegetais no século XVII. Fronteiras: Revista de História, Dourados, v. 25, n. 50, p. 28-47, 2022. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/FRONTEIRAS/article/view/13373 Acesso em: 30 maio 2025.

PASCUAL-LEONE, A.; AZUETA, E.; FREEDBERG, D. The plastic human brain cortex. Annual Review of Neuroscience, v. 28, p. 377–401, 2005.

SEPULVEDA, Claudia; FARIAS, Yaci; MACHADO, Ricardo; ARTEGA, Juanma Sanchez. Darwinismo e racismo científico no Brasil. Feira de Santana: UEFS Editora, 2023.

SOARES, Jenífer Naves; SIMIONI, Rafael Lazzarotto. Direitos fundamentais, democracia e o Projeto Genoma Humano: bioética e biopolítica. Revista Bioética, 2018.

TAIBO, Carlos. Colapso: capitalismo terminal, transição ecossocial, ecofascismo. Curitiba: UFPR, 2019.

VALENTE, Rubens. Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura. Coleção Arquivo da Repressão no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem: e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

VYGOTSKY, L. S. Linguagem e pensamento. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

WALLERSTEIN, Immanuel. Universalismo europeu: da colonização ao direito internacional. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2007.