Manifesto por uma política de não despolitizar corpos (das Ciências)

Conteúdo do artigo principal

Alexandre Luiz Polizel

Resumo

 O presente manuscrito-manifesto tem por objetivo traçar considerações acerca de uma política de não despolitizar os corpos (das ciências). Este consiste em um ensaio modalizado por contribuições-conceptualizações Nietzscheanas, Foucaultianas e Latourianas. O mesmo trata-se de uma crítica as dicotomias que instituem as ciências modernas convidando a uma epistemologia política de não dicotomização. Para tal, apresenta-se indagações e explanações em quatro eixos: a) Ensino? Ciências?; b) Ciências sócio-naturalizadas e o (res)sentir; c) Ciência e políticas: saúdes e adoecimentos; e d) Quase-Ensinos; Quase-Ciências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Polizel, A. L. (2023). Manifesto: por uma política de não despolitizar corpos (das Ciências). Revista De Ensino De Biologia Da SBEnBio, 16(2), 1560–1577. https://doi.org/10.46667/renbio.v16i2.1179
Seção
Ensaios
Biografia do Autor

Alexandre Luiz Polizel, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutor e Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática  -  Universidade Estadual de Londrina (UEL). Londrina, PR - Brasil. Professor líder do GEPENC - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Curitiba, PR - Brasil. 

Referências

ARROYO, Miguel Gonzales. Os movimentos sociais e a construção de outros currículos. Educar em Revista, 55, 2015, p. 47-68.

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.

DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2005.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O que é filosofia. São Paulo: Editora 34, 1997.

FOUCAULT, Michel. Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense, 1986.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8 ed. São Paulo: Marins Fontes, 1999.

FOUCAULT, Michel. As verdades e as formas jurídicas. 3 ed. Rio de Janeiro: NAU, 2005.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da prisão. 42 ed. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2014.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2015.

GALLO, Silvio. Em torno de uma educação menor: variáveis e variações. In: BRITO, Maria dos Remédios; GALLO, Silvio. (org.). Filosofias da diferença e educação. São Paulo: Editora Livradia da Física, 2016, p.15-46

GOODSON, Ivor F. Currículo: teoria e história. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

GROSSBERG, Lawrence. Existe lugar para os intelectuais no novo radicalismo? Três paradigmas. In: SARAIVA, Karla; MARCELLO, Fabiana de Amorim (org.). Estudos Culturais e educação: desafios atuais. Canoas: Ed. ULBRA, 2012, p.21-66

HARAWAY, Donna Jeanne. Simians, cyborgs, and women: the reinvention of nature. New York: Taylor & Francis Group, 1991.

HARAWAY, Donna Jeanne. Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, v.6, 1995, p. 7-41

HARAWAY, Donna Jeanne. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 33-118

LATOUR, Bruno. Como falar do corpo? A dimensão normativa dos estudos sobre a ciência. In: ROQUE, João Arriscado Nunes Ricardo (org.). Objectos impuros: experiências em estudos sobre a ciência. Porto: Afrontamento, 2008.

LATOUR, Bruno. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2011.

LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador: EDUFBA, 2012; Bauru-São Paulo: EDUSC, 2012.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. 3 ed. São Paulo: Editora 34, 2013a.

LATOUR, Bruno. Investigación sobre los modos de existência. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Paidós, 2013b.

LATOUR, Bruno. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. São Paulo: Editora UNESP, 2017.

LATOUR, Bruno; WOOLGAR, Steve. A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997.

LENOIR, Timothy. Instituindo a ciência: a produção cultural das disciplinas científicas. São Leopoldo: UNISINOS, 2004.

NIETZSCHE, Friedrich. Obras incompletas. São Paulo: Abril Cultural, 1974.

NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano. 2.ed. São Paulo: Editora Escala, 2007a.

NIETZSCHE, Friedrich. O livro do filósofo. São Paulo: Editora Escala, 2007b.

NIETZSCHE, Friedrich. Aurora. São Paulo: Editora Escala, 2007c.

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das letras, 2009.

NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. São Paulo: Editora Escala, 2013.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Porto Alegre: L&PM, 2016.

NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos ídolos, ou como se filosofa com o martelo. São Paulo: Companhia de bolso, 2017a.

NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal: prelúdio de uma filosofia do futuro. São Paulo: Lafonte, 2017b.

RESTREPO, Eduardo. Estudios culturales y educacion: possibilidades, urgências y limitaciones. In: SARAIVA, Karla; MARCELLO, Fabiana de Amorim (org.). Estudos Culturais e educação: desafios atuais. Canoas: Ed. ULBRA, 2012, p. 87-100.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução as teorias do currículo. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

TENGERS, Isabelle. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.

WORTMANN, Maria Lúcia Castagna; VEIGA-NETO, Alfredo. Estudos culturais da ciência & educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

Artigos Semelhantes

<< < 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.