The “others” of the curriculum on possibilities of decolonization in Biology teaching

Main Article Content

Jorge Felipe Marçal
Thiago Ranniery Moreira de Oliveira

Abstract

This article aims to think of the possibilities of decolonization in the teaching of Biology, having as its scope the relationship between scientific knowledge and “non-scientific” knowledges in the constitution of school knowledge. We propose a debate on this relationship, questioning the binary division between such knowledges and its grammar of alterization of difference. We argue that such binarity articulates the subjection of difference in terms of “other” than scientific knowledges, rewriting its forms as transparent and substantial. This operation fragments the potential of the debate on the decolonization of Biology curricula with its promise of representation via inclusion, while neglecting the task of shifting the status of biological sciences from its claim to totality and completeness.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
Marçal, J. F., & Oliveira, T. R. M. de. (2023). The “others” of the curriculum: on possibilities of decolonization in Biology teaching. SBEnBio Biology Teaching Journal, 16(nesp.1), 1127–1146. https://doi.org/10.46667/renbio.v16i2.1057
Section
Dossiê temático: Currículo e ensino de Biologia
Author Biographies

Jorge Felipe Marçal, Federal University of Rio de Janeiro

Master in Education - Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro, RJ - Brazil. PhD student in Education - Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro, RJ - Brazil. Professor of Science and Biology - College of Application - Federal University of Rio de Janeiro (CAp/UFRJ). Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro, RJ - Brazil.

Thiago Ranniery Moreira de Oliveira, Federal University of Rio de Janeiro

PhD in Education - State University of Rio de Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro, RJ - Brazil. Adjunct Professor - Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro, RJ - Brazil

References

AHUJA, Neel. Postcolonial Critique in a Multispecies World. PMLA, v. 124, n. 2, p. 556-563, 2009.

BARAD, Karen. Meeting the universe halfway. Durham: Duke University Press, 2007.

BUSNARDO, Flávia; LOPES, Alice Casimiro. Os discursos da comunidade disciplinar de ensino de biologia: circulação em múltiplos contextos. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 87-102, 2010.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017a.

BUTLER, Judith. Meramente cultural. Ideias, v. 7, n. 2, p. 227-248, 2017b.

BUTLER, Judith. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Cotidiano escolar e práticas interculturais. Cadernos de Pesquisa, v.46, n.161, p.802-820, 2016.

CARINE, Bárbara. Como ser um educador antirracista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2023.

CASSIANI, Suzani. Counter‑hegemonic science education: understanding the efects of coloniality and proposing a decolonial pedagogy. Cultural Studies of Science Education, v. 16, p. 1353-1360, 2021.

CAURIO, Michel Soares; CASSIANI, Suzani; GIRALDI, Patricia Montanari. O sul enquanto horizonte epistemológico: da produção de conhecimentos às Pedagogias Decoloniais. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, v. 14, n. 1, p. 680-699, 2021.

COSTA, David Antonio da; CARVALHO, Diana Carvalho de; DEBUS, Eliane Santana Dias; BERGMANN, Juliana Cristina Faggion; TORRIGLIA, Patricia Laura. Persistir! Palavra de ordem! Perspectiva, v. 39, n. 2, p. 1-4, 20 dez. 2021. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). http://dx.doi.org/10.5007/2175-795x.2021.e85224.

DESPRET, Vinciane. Autobiografia de um polvo: São Paulo: Bazar do Tempo, 2022.

DESPRET, Vinciane. O que os animais diriam se... Cadernos de Leitura, n. 45, p. 1-12, 2016. Disponível em: https://chaodafeira.com/catalogo/caderno-n-45-o-que-diriam-os-animais-se/. Acesso em mar. 2023.

FABIAN, Johannes. O tempo e o outro. Petrópolis: Vozes, 2013.

FAUSTO, Juliana. Brincar, matar, comer: sobre moralidade e direitos animais. Revista Direito e Práxis, v. 9, n. 4, p.2422-2438, 2018.

FERREIRA DA SILVA, Denise. Homo modernus: por uma ideia global da raça. Rio de Janeiro: Cobogó, 2022.

FERREIRA DA SILVA, Denise. A dívida impagável. São Paulo: Casa do Povo, 2019.

GABRIEL, Carmen Teresa. Objetivação e subjetivação nos currículos de licenciaturas: revisitando a categoria saber docente. Revista Brasileira de Educação, v.23, p. e230071, 2018.

GABRIEL, Carmen Teresa. Conteúdo-rastro: um lance no jogo da linguagem do campo curricular. Currículo Sem Fronteiras, v. 17, p. 515-539, 2017.

GABRIEL, Carmen Teresa.; FERREIRA, Márcia Serra. Disciplina escolar e conhecimento escolar: conceitos ‘sob rasura’ no debate curricular contemporâneo. In: LIBÂNEO, José Carlos; ALVES, Nilda. (org.). Temas de Pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Cortez, 2012. p. 227-242.

GLISSANT, Édouard. Poética da relação. São Paulo: Bazar do Tempo, 2022.

GOMES, Nilma Lino. Relações Étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo Sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.

GOODSON, Ivor. A. Construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997.

HARAWAY, Donna. The Promises of Monsters: A Regenerative Politics for Inappropriate/d Others. In: GROSSBERG, Lawrence; NELSON, Cary; TREICHLER, Paula. (org.) Cultural Studies. New York: Routledge, 1992, p. 295-337.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, p. 7-41, 1995.

HARAWAY, Donna. Staying with the trouble: making kin in the Chthulucene. Durham: Duke University Press, 2016.

LOPES, Alice Casimiro. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.

LOPES, Alice Casimiro. Currículo e epistemologia. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2007.

LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Comum para Currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem?. Educação & Sociedade, v. 36, n. 133, p.891-908, 2015.

MACEDO, Elizabeth. Mas a escola não tem que ensinar?: Conhecimento, reconhecimento e alteridade na teoria do currículo. Currículo sem Fronteiras, v. 17, p. 539-554, 2017.

MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago. Políticas públicas de currículo: diferença e a ideia de público. Currículo sem Fronteiras, v. 18, n. 3, p. 739-759, 2018.

MACEDO, Elizabeth. A Educação e a urgência de “desbarbarizar” o mundo. Revista E-curriculum, v. 17, n. 3, p. 1101-1122, 2019

MARIN, Yonier Alexander Orozco; CASSIANI, Suzani. Branquitude e ensino de biologia: Princípios decoloniais para o planejamento de uma proposta didática abordando o conteúdo célula eucariota. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 13., 2021, Anais... [online]

MARIN, Yonier; NASCIMENTO, Carolina. Para qual buraco branco vão as discussões sobre gênero e sexualidade no Ensino de Biologia? A branquitude em foco. In: GALIETA, Tatiana. Temáticas socio-científicas na formação de professores. São Paulo: Livraria da Física, 2021, p. 153-168.

MARÍN, Yonier Alexander Orozco; CASSIANI, Suzani. Racismo e Diversidade Sexual e de Gênero no Ensino de Biologia e na Educação Ambiental: Uma Aproximação Decolonial Para a Pesquisa. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 1, p. e38820-32, 2022.

MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: n-1 edições, 2018.

MOL, Annemarie. Política ontológica: algumas ideias e várias perguntas. In: NUNES, João Arriscado e Roque, Ricardo. Objetos impuros. Porto: Afrontamento, 2007, p. 63-75.

MORRISON, Toni. A origem dos outros: seis ensaios sobre racismo e literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

NASCIMENTO, Beatriz. Por um território (novo) existencial e físico. In: RATTS, Alex. (org.). O negro visto por ele mesmo. São Paulo: Ubu Editora, 2022. p. 89-106;

RANNIERY, Thiago. "Sexualidade na escola": é possível ir além da máquina de diferentes?. In: MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago. (org.). Currículo, sexualidade e ação docente. Petrópolis: DP et Alii, 1ª edição, 2017, p. 213-238.

RANNIERY, Thiago. Vem cá, e se fosse ficção? Práxis Educativa, v. 13, n. 3, p.982-1002, 2018.

SANTOS, Regiane Lima dos; LIMA JÚNIOR, Paulo. Estaríamos vivenciando uma virada decolonial na educação em ciências brasileira?. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação Em Ciências, e41975, 1-36, 2023.

SCOTT, Joan. Experiência. In: SILVA, Alcione Leite da; LAGO, Mara Carolina de Souza; RAMOS, Tânia Regina Oliveira (org.). Falas de gênero: teorias, análises, leituras. Florianópolis: Editora Mulheres, 1999. p. 21-57.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

SPIVAK, GAYATRI. Crítica da razão pós-colonial: por uma história do presente fugidio. São Paulo: Editora Politeia, 2022.

STENGERS, Isabelle. A invenção das Ciências Modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.

STENGERS, Isabelle. Reativar o animismo. Cadernos de Leitura, n. 62, p. 1-15, 2017.

TADEU, Tomaz. O currículo como fetiche: a poética e política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

VERRANGIA, Douglas. Criações docentes e o papel do ensino de Ciências no combate ao racismo e a discriminações. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 21, n. 1, p. 79-103, 2016.

VERRANGIA, Douglas; FERNANDES, Kelly Meneses; BARZANO, Marco Antônio Leandro. Editorial: dossiê temático - Relações Étnico-raciais e o Ensino de Biologia. REnBio - Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, v. 15, n. 2, p. 487-491, 2022.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O nativo relativo. Mana, [s.l.], v. 8, n. 1, p. 113-148, abr. 2002.

Similar Articles

<< < 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.