Gênero e sexualidade como componentes curriculares na formação inicial de professoras de ciências e biologia do Rio de Janeiro, RJ
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Esse artigo tem por objetivo compreender de que forma doze licenciaturas de Biologia na cidade do Rio de Janeiro (RJ) inserem os temas de gênero e sexualidade na sua estrutura curricular. Para isso, foi realizado um mapeamento dessas instituições e visitas para marcação de entrevistas com coordenadoras e professoras. Ao todo, foram realizadas dezesseis entrevistas. Além disso, alguns documentos curriculares serviram de apoio para a análise. Nas grades curriculares, foram encontradas quatro disciplinas obrigatórias que tangenciavam o tema e duas eletivas que tinham o tema como essência. Nas entrevistas, percebi que a inserção se dá por um gancho temático, por conflito de opiniões ou pela determinação da instituição. Não há consenso quanto a disciplinarização ou a transversalização do tema.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Referências
BASTOS, Felipe. “A diretora sabe que você está trabalhando isso na sala de aula?” Diversidade sexual e Ensino de Ciências, 2015, 180 f. Dissertação (Mestrado). Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
BIANCON, Mateus L. A educação sexual na escola e as tendências da prática pedagógica dos professores. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina, 2005.
BRASIL. Resolução CNE/CES 02/2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília: CNE/CES, 2015.
COELHO, Leando J.; CAMPOS Luciana. M. L. Diversidade sexual e licenciandos em Ciências Biológicas: que professor formamos? Revista SBEnBio, Niterói, v. 5, p. 1-10, 2012.
ELLSWORTH, Elizabeth. Modos de endereçamento: uma coisa de cinema, uma coisa de educação também. IN: SILVA, T. T. (Org.). Nunca fomos humanos – nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. P. 07-76.
FERRARI, Anderson. Silêncio e silenciamento em torno das homossexualidades masculinas. IN: _____.; MARQUES, L. P. (Org.). Silêncios e educação. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2011. P. 91-112.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Lisboa: Edições 70, 2014.
FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos, volume IV: estratégia, poder-saber. 3ª edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012a.
FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos, volume V: ética, sexualidade e política. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012b.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Nascimento na Prisão. Petrópolis: Vozes, 2008.
JAPIASSÚ, Hilton. & MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
JARDIM, Dulcilene P.; BRÊTAS, José R. S. Orientação sexual na escola: a concepção dos professores de Jandira-SP. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 59, n. 2, p. 57-62, 2006.
LOURO, Guacira Lopes. O currículo e as diferenças sexuais e de gênero. IN: COSTA, Marisa Vorraber. (Org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. P. 85-92.
REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos fundamentais. São Carlos: claraluz, 2005.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 17ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.