Los “otros” del currículum sobre las posibilidades de descolonización en la enseñanza de Biología
Contenido principal del artículo
Resumen
Este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre las posibilidades de descolonización en la enseñanza de la Biología, teniendo como alcance las relaciones entre el saber científico y el saber “no científico” en la constitución del saber escolar. Proponemos un debate sobre estas relaciones, cuestionando la división binaria entre tal saber y su gramática de alterisar la diferencia. Argumentamos que tal binaridad articula la sujeción de la diferencia en términos de “otro” conocimiento que no el científico, reescribiendo sus formas como conocimiento transparente y sustancial. Esta operación fragmenta el potencial del debate sobre la descolonización de los currículos de Biología con su promesa de representación a través de la inclusión, mientras descuida la tarea de cambiar el estatus de las ciencias biológicas de la pretensión de totalidad y completitud.
Descargas
Detalles del artículo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Citas
AHUJA, Neel. Postcolonial Critique in a Multispecies World. PMLA, v. 124, n. 2, p. 556-563, 2009.
BARAD, Karen. Meeting the universe halfway. Durham: Duke University Press, 2007.
BUSNARDO, Flávia; LOPES, Alice Casimiro. Os discursos da comunidade disciplinar de ensino de biologia: circulação em múltiplos contextos. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 87-102, 2010.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017a.
BUTLER, Judith. Meramente cultural. Ideias, v. 7, n. 2, p. 227-248, 2017b.
BUTLER, Judith. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020.
CANDAU, Vera Maria Ferrão. Cotidiano escolar e práticas interculturais. Cadernos de Pesquisa, v.46, n.161, p.802-820, 2016.
CARINE, Bárbara. Como ser um educador antirracista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2023.
CASSIANI, Suzani. Counter‑hegemonic science education: understanding the efects of coloniality and proposing a decolonial pedagogy. Cultural Studies of Science Education, v. 16, p. 1353-1360, 2021.
CAURIO, Michel Soares; CASSIANI, Suzani; GIRALDI, Patricia Montanari. O sul enquanto horizonte epistemológico: da produção de conhecimentos às Pedagogias Decoloniais. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, v. 14, n. 1, p. 680-699, 2021.
COSTA, David Antonio da; CARVALHO, Diana Carvalho de; DEBUS, Eliane Santana Dias; BERGMANN, Juliana Cristina Faggion; TORRIGLIA, Patricia Laura. Persistir! Palavra de ordem! Perspectiva, v. 39, n. 2, p. 1-4, 20 dez. 2021. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). http://dx.doi.org/10.5007/2175-795x.2021.e85224.
DESPRET, Vinciane. Autobiografia de um polvo: São Paulo: Bazar do Tempo, 2022.
DESPRET, Vinciane. O que os animais diriam se... Cadernos de Leitura, n. 45, p. 1-12, 2016. Disponível em: https://chaodafeira.com/catalogo/caderno-n-45-o-que-diriam-os-animais-se/. Acesso em mar. 2023.
FABIAN, Johannes. O tempo e o outro. Petrópolis: Vozes, 2013.
FAUSTO, Juliana. Brincar, matar, comer: sobre moralidade e direitos animais. Revista Direito e Práxis, v. 9, n. 4, p.2422-2438, 2018.
FERREIRA DA SILVA, Denise. Homo modernus: por uma ideia global da raça. Rio de Janeiro: Cobogó, 2022.
FERREIRA DA SILVA, Denise. A dívida impagável. São Paulo: Casa do Povo, 2019.
GABRIEL, Carmen Teresa. Objetivação e subjetivação nos currículos de licenciaturas: revisitando a categoria saber docente. Revista Brasileira de Educação, v.23, p. e230071, 2018.
GABRIEL, Carmen Teresa. Conteúdo-rastro: um lance no jogo da linguagem do campo curricular. Currículo Sem Fronteiras, v. 17, p. 515-539, 2017.
GABRIEL, Carmen Teresa.; FERREIRA, Márcia Serra. Disciplina escolar e conhecimento escolar: conceitos ‘sob rasura’ no debate curricular contemporâneo. In: LIBÂNEO, José Carlos; ALVES, Nilda. (org.). Temas de Pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Cortez, 2012. p. 227-242.
GLISSANT, Édouard. Poética da relação. São Paulo: Bazar do Tempo, 2022.
GOMES, Nilma Lino. Relações Étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo Sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.
GOODSON, Ivor. A. Construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997.
HARAWAY, Donna. The Promises of Monsters: A Regenerative Politics for Inappropriate/d Others. In: GROSSBERG, Lawrence; NELSON, Cary; TREICHLER, Paula. (org.) Cultural Studies. New York: Routledge, 1992, p. 295-337.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, p. 7-41, 1995.
HARAWAY, Donna. Staying with the trouble: making kin in the Chthulucene. Durham: Duke University Press, 2016.
LOPES, Alice Casimiro. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.
LOPES, Alice Casimiro. Currículo e epistemologia. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2007.
LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Comum para Currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem?. Educação & Sociedade, v. 36, n. 133, p.891-908, 2015.
MACEDO, Elizabeth. Mas a escola não tem que ensinar?: Conhecimento, reconhecimento e alteridade na teoria do currículo. Currículo sem Fronteiras, v. 17, p. 539-554, 2017.
MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago. Políticas públicas de currículo: diferença e a ideia de público. Currículo sem Fronteiras, v. 18, n. 3, p. 739-759, 2018.
MACEDO, Elizabeth. A Educação e a urgência de “desbarbarizar” o mundo. Revista E-curriculum, v. 17, n. 3, p. 1101-1122, 2019
MARIN, Yonier Alexander Orozco; CASSIANI, Suzani. Branquitude e ensino de biologia: Princípios decoloniais para o planejamento de uma proposta didática abordando o conteúdo célula eucariota. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 13., 2021, Anais... [online]
MARIN, Yonier; NASCIMENTO, Carolina. Para qual buraco branco vão as discussões sobre gênero e sexualidade no Ensino de Biologia? A branquitude em foco. In: GALIETA, Tatiana. Temáticas socio-científicas na formação de professores. São Paulo: Livraria da Física, 2021, p. 153-168.
MARÍN, Yonier Alexander Orozco; CASSIANI, Suzani. Racismo e Diversidade Sexual e de Gênero no Ensino de Biologia e na Educação Ambiental: Uma Aproximação Decolonial Para a Pesquisa. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 1, p. e38820-32, 2022.
MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: n-1 edições, 2018.
MOL, Annemarie. Política ontológica: algumas ideias e várias perguntas. In: NUNES, João Arriscado e Roque, Ricardo. Objetos impuros. Porto: Afrontamento, 2007, p. 63-75.
MORRISON, Toni. A origem dos outros: seis ensaios sobre racismo e literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
NASCIMENTO, Beatriz. Por um território (novo) existencial e físico. In: RATTS, Alex. (org.). O negro visto por ele mesmo. São Paulo: Ubu Editora, 2022. p. 89-106;
RANNIERY, Thiago. "Sexualidade na escola": é possível ir além da máquina de diferentes?. In: MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago. (org.). Currículo, sexualidade e ação docente. Petrópolis: DP et Alii, 1ª edição, 2017, p. 213-238.
RANNIERY, Thiago. Vem cá, e se fosse ficção? Práxis Educativa, v. 13, n. 3, p.982-1002, 2018.
SANTOS, Regiane Lima dos; LIMA JÚNIOR, Paulo. Estaríamos vivenciando uma virada decolonial na educação em ciências brasileira?. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação Em Ciências, e41975, 1-36, 2023.
SCOTT, Joan. Experiência. In: SILVA, Alcione Leite da; LAGO, Mara Carolina de Souza; RAMOS, Tânia Regina Oliveira (org.). Falas de gênero: teorias, análises, leituras. Florianópolis: Editora Mulheres, 1999. p. 21-57.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
SPIVAK, GAYATRI. Crítica da razão pós-colonial: por uma história do presente fugidio. São Paulo: Editora Politeia, 2022.
STENGERS, Isabelle. A invenção das Ciências Modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.
STENGERS, Isabelle. Reativar o animismo. Cadernos de Leitura, n. 62, p. 1-15, 2017.
TADEU, Tomaz. O currículo como fetiche: a poética e política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
VERRANGIA, Douglas. Criações docentes e o papel do ensino de Ciências no combate ao racismo e a discriminações. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 21, n. 1, p. 79-103, 2016.
VERRANGIA, Douglas; FERNANDES, Kelly Meneses; BARZANO, Marco Antônio Leandro. Editorial: dossiê temático - Relações Étnico-raciais e o Ensino de Biologia. REnBio - Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, v. 15, n. 2, p. 487-491, 2022.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O nativo relativo. Mana, [s.l.], v. 8, n. 1, p. 113-148, abr. 2002.