Aranhas e escorpiões na percepção de estudantes do 7º e 8º anos de uma escola da zona rural De Feira de Santana, Bahia, Brasil
Barra lateral de artigos
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Considerando que os aracnídeos são malquistos por uma parcela da sociedade, este trabalho teve como objetivo registrar e analisar as percepções de estudantes do 7º e 8º anos de uma escola da zona rural de Feira de Santana, Bahia, Brasil, sobre as aranhas e os escorpiões. Foram entrevistados 36 alunos com idades entre 12 a 17 anos. Os estudantes definem as aranhas e escorpiões como “insetos”, na sua maior parte, “venenosos”. Essa categorização está relacionada à aparência e ao fato de serem animais peçonhentos. Isso faz com que, na maioria das vezes, os alunos matem esses animais ao verem, por sentirem medo. É necessária a realização de práticas pedagógicas que permitam a mudança das perspectivas equivocadas relacionadas a esses aracnídeos.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Referências
ALMEIDA NETO J. R.; COSTA NETO, E.M. ; SILVA P. R. R.; BARROS, R. F. M. Percepções sobre insetos em duas comunidades rurais da Serra do Passa Tempo, Nordeste do Brasil. Revista Espacios, v. 36, n. 11, p. 1-12, 2015.
ALMEIDA R. C. S.; MATOS E. P. N. B.; Uso de modelos didáticos como uma metodologia alternativa no ensino da morfologia e diversidade das ordens Araneae e Scorpionidae para alunos do ensino médio. Série Educar - Volume 13, p. 98-104, 2020.
ALMEIDA T. F.; SOARES M. A. Ações em educação ambiental na prevenção de acidentes com animais perigosos na zona oeste do Rio de Janeiro. Revista Educação Ambiental, n. 63, p. 1-6, 2018.
BAPTISTA, G. C. S. A etnobiologia como subsídio metodológico para o ensino e a aprendizagem significativa em Ciências Biológicas. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 11, n. 17, p. 179-185, 2002.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde alerta sobre animais peçonhentos. 2013. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2013/11/ministerio-da-saude-alerta-sobre-animais-peconhentos-1 . Acesso em: 06 jan. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de controle de escorpiões. Brasília: Ministério da saúde, 2009a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância em saúde: zoonoses. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2009b.
BRAVO, F.; CALOR, A. R. (org.). Conhecendo os artrópodes do semiárido. 1. ed. São Paulo: Métis Produção Editorial, 2016.
BRAZIL, T. K. et. al. Aranhas de importância médica do estado da Bahia, Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 79, n. 1, p. 56-65, 2009.
BRAZIL, T. K.; PORTO, T. J. Os escorpiões. Salvador: EDUFBA, 2010.
BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2007.
BUCHERL, W. Distribuição geográfica dos aracnóides peçonhentos temíveis. Mem. Instituto Butantan, 31: 55-66. 1964.
COLOMBO, W. D. Etnoaracnologia no ensino de biologia: uma visão dos alunos do ensino médio sobre os escorpiões. Revista Ibérica de Aracnologia, n. 26, p. 99-106, 2015.
COLOMBO, W. D.; ALENCAR. I. D. C. C. Escorpiões: um estudo de caso com alunos do Ensino Fundamental em escolas dos municípios de Santa Teresa e São Roque do Canaã, Espírito Santo, Brasil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão, v. 39, n. 1, p. 39-67, 2017.
CORREARD, L. C. P. Aranhas!. 2009. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3321294/mod_resource/content/1/Aranhas_CORREARD.pdf . Acesso em: 02 fev. 2019.
COSTA NETO, E. M. Biotransformações de insetos no povoado de Pedra Branca, Estado da Bahia, Brasil. Interciência, v. 29, n. 5, p. 280-283, 2004.
COSTA NETO, E. M. Faunistic resources used as medicines by an afro-brazilian community from Chapada Diamantina National Park, State of Bahia - Brazil. Sitientibus, n. 15, p. 211-219, 1996.
COSTA NETO, E. M. The significance of the category ‘insect’ for folk biological classification systems. Journal of Ecological Anthropology, v. 4, p. 70-75, 2000.
COSTA NETO, E. M.; PACHECO, J. M. A construção do domínio etnozoológico “inseto” pelos moradores do povoado Pedra Branca, Santa Terezinha, Estado da Bahia. Acta Scientiarum. Biological Sciences, v. 26, n. 1, p. 81-90, 2004.
COSTA NETO, E. M.; RESENDE, J. J. A percepção de animais como “insetos” e sua utilização como recursos medicinais na cidade de Feira de Santana, Estado da Bahia, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences, v. 26, n. 2, p. 143-149, 2004.
COSTA NETO, E. M. Bird-spiders (Arachnida, Mygalomorphae) as perceived by the inhabitants of the village of Pedra Branca, Bahia State, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 2, n. 50, p. 1-7, 2006.
FERREIRA, A. M.; SOARES, C. A. A. A. Aracnídeos Peçonhentos: Análise das Informações nos Livros Didáticos De Ciências. Ciências e Educação. v.14, n.2, p. 307-‐314. 2008.
FERNANDES, S. C. R. Caracterização Qquímica e biológica de compostos bioativos da peçonha da aranha caranguejeira Nhandu coloratovillosus (Schmidt, 1998). 2010. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade de Brasília, Brasília, 2010.
FERNÁNDEZ-RUBIO, F. Artrópodos y salud humana. Navarra: Gobierno de Navarra; Departamento de Salud, 1999. p. 209-217.
GRAEFF, F. G. Minor tranquilizers and brain defense systems. Brazilian Journal of Medical and Biological Research = Revista Brasileira de Pesquisas Médicas e Biologicas, 14(4-5):239-265, 01 out. 1981.
GRISMADO, C. J. Two new species of the genus Philoponella from Brazil and Argentina (Araneae, Uloboridae). Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, v. 94, n. 1, p. 105-109, 2004.
JESUS, J. N. et al. Geoespacialização das informações do meio físico do distrito de Matinha dos Pretos - Feira De Santana (Ba). In: SEMINÁRIO E INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UEFS, 20., 2016, Feira de Santana. Anais... Feira de Santana: UEFS, 2016.
LELIS, T. B. S. et al. Práticas de educação ambiental na prevenção de acidentes com aranhas de importância médica na zona oeste do Rio de Janeiro - RJ. In: SIMPÓSIO DE GESTÃO AMBIENTAL E BIODIVERSIDADE, 6., 2017. Anais... 2017. p. 260-264.
LOURENÇO, W. R. Scorpions and life-history strategies: from evolutionary dynamics toward the scorpionism problem. Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases, 24:19, p.1-12, 2018.
MALONEY, D. et al. Spider predation in agroecosystems: can spiders effectively control pest populations? Maine agricultural and forest experiment station. The University of Maine. 2003.
MARCATTO, C. Educação ambiental: conceitos e princípios. Belo Horizonte: FEAM, 2002. 64 p.
MEDEIROS, A. B et al. A importância da educação na escola nas séries iniciais. Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 1, p. 1-17, 2011.
OLIVEIRA JÚNIOR, S. B.; SATO, M. O saber local da cultura e da natureza nas narrativas biorregionais do Quilombo Mata Cavalo. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 17, n. 35, p. 549-559, 2008.
PASIN, E. B.; BOZELLI, R. L. Sentidos da educação ambiental mobilizados em discursos de professores de escolas envolvidas na formação de licenciandos em ciências biológicas. Investigações em Ensino de Ciências, v.22 (2), p. 33-56, 2017. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/332 . Acesso em: 09 jun. 2023.
PINHEIRO, R. P. A. Etnozoologia como ferramenta no ensino de Educação Ambiental a partir do conhecimento dos catadores de caranguejo de Gargau. 2017. Trabalho de conclusão do curso (graduação) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense., campus Campos, 2017.
PLATNICK, N. I. The world spider catalog, version 19.5 online. Disponível em: https://wsc.nmbe.ch/. Acesso em: 02 set. 2022.
POSEY, D. Introdução - Etnobiologia: teoria e prática. In: RIBEIRO, B.; RIBEIRO, D. (ed.) Suma Etnológica Brasileira. Etnobiologia. Petrópolis: Vozes, v. 1. p. 15, 1987.
ROCHA, F. M. A. Ocorrência de escorpiões no município de São José dos Campos – SP no período de 2014 a 2016. 2017. Relatório final. Faculdade de Educação e Artes, Universidade do Vale do Paraíba, 2017.
RODRIGUES, D. A.; SANTOS, J. P. S. "A fragmentação da formação como dificuldade no desenvolvimento da educação ambiental no Ceará". In: ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICAS DE ENSINO, 21., 2022. Anais..., Uberlândia, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1QUKGifGZjDnh7VEPqTogmglTRh8i-Mxq/view . Acesso em: 09 jun. 2023.
SORRENTINO, M.; TRAIBER, R.; MENDONÇA, P.; FERRARO JUNIOR, L. A. Educação ambiental como política pública. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 285-299, maio/ago. 2005.
SILVA, J. D. Escorpionismo no Brasil. 2012. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Biociências. Programa de Pós-graduação em Biologia Animal (Especialização em Diversidade e Conservação da Fauna). 2012.
SILVA L. C. S. et al. Aracnídeos no ensino de Ciências Biológicas: uma análise dos artigos publicados. Revista Eletrônica Debates em Educação Científica e Tecnológica, v.2, n.2, p. 52-58, dez., 2012.
SILVA, T. B. C., et al. Promovendo a sensibilização sobre a importância ecológica das aranhas no parque natural municipal da serra do Mendanha, Rio de Janeiro- RJ. In: CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE, 15., 2018. Anais... Poço de Caldas, 2018.
SILVA, T. F. P.; COSTA NETO, E. M. Percepção de insetos por moradores da comunidade Olhos D’Água, Município de Cabeceiras do Paraguaçu, Bahia, Brasil. Boletín de la Sociedad Entomológica Aragonesa, n. 35, p. 261-268, 2004.
SILVA, T. R. A. etnobiologia utilizada como ferramenta para a prática da educação ambiental. REVISEA - Revista Sergipana de Educação Ambiental, São Cristóvão, v. 1, n. 3, p. 142-151, 2016.
SCHNEIDER, E. M.; FUJII, R. A. X.; CORAZZA, M. J. Pesquisas quali-quantitativas: contribuições para a pesquisa em ensino de ciências. Revista Pesquisa Qualitativa, São Paulo, v. 5, n. 9, p. 569-584, 2017.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DA BAHIA (SEC-BA). Documento curricular referencial da Bahia para educação infantil e ensino fundamental (v. 1) / Secretaria da Educação do Estado da Bahia. – Rio de Janeiro : FGV Editora, 2020. 484 p.
SOUZA, A. M. B. Estudo Etnoecológico: importância médica dos aracnídeos (ARACHNIDA: ARANEAE, SCORPIONES) e sua relação com a comunidade de Caetité, BA. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 10., 2011. Anais... Sociedade de Ecologia do Brasil, 2011. p. 1-3.
SOUZA, J. H. Os aracnídeos (Arachnida: Araneae, Scorpiones) na comunidade quilombola de Mesquita, Goiás: um estudo de caso sobre etnobiologia. 2007. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
TATSCH, H. et al. Ludicidade aplicada ao estudo dos aracnídeos. 2012. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/marco2012/biologia_artigos/18ludicidade_aracnideos.pdf. Acesso em: 03 dez. 2021.
TEIXEIRA, C. S. B., et al. Práticas de educação ambiental na prevenção de acidentes com escorpiões na zona oeste do Rio de Janeiro, RJ. In: SIMPÓSIO DE GESTÃO AMBIENTAL E BIODIVERSIDADE, 6., 2017. Anais... 2017. p. 265-268.
TRAVESSAS A. O.; BENCHIMOL F. Conhecendo as aranhas do Pampa. PIBID BIOLOGIA - UNIPAMPA, 2017. Disponível em: http://porteiras.s.unipampa.edu.br/pibid/files/2017/08/conhecendo-as-principais-aranhas-do-pampa-amanda-oliveira-travessas.pdf . Acesso em: 06 fev. 2019.
TRÉZ, T. A. Feyerabend, interculturalismo e etnobiologia: algumas possíveis articulações no ensino de Biologia. Biotemas, v. 24, n. 3, p. 129-140, 2011.
VASCONCELOS, E. et al. Influência da exploração madeireira na diversidade e abundância de aranhas. Curso de Campo Ecologia da Floresta Amazônica. p. 26-28, 2002.
WALKER, C. Spider sense: fast facts on extreme arachnids. National Geographic News. June 23, 2004. Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/news/2004/6/spider-sense-fast-facts-on-extreme-arachnids/ Acesso em: 04 ago. 2019.
WEN, F.H.; MALAQUE, S.; FRANCO, M.M. Acidentes com animais peçonhentos. Divisão de desenvolvimento Cultural do Instituto Butantan, 2009. Disponível em: http://www.infobibos.com/Artigos/2009_3/acidentes/index.htm Acesso em: 10 dez. 2018.
WISE, D.H. Spiders in ecological webs. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.
ZUBEN, A. P. B. Manual de controle integrado de pragas. Secretaria Municipal de Saúde. Campinas - SP, 2004. Disponível em: http://www.campinas.sp.gov.br/sa/impressos/adm/FO086.pdf. Acesso em: 06 fev. 2019.