Vozes-mulheres-negras no ensino de Biologia para uma escola comprometida com a promoção da saúde
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Resumo
Este ensaio tem por objetivo discutir a possibilidade de promoção da saúde emancipatória a partir do diálogo com a literatura de mulheres negras no Ensino de Biologia. Acreditamos ser a invisibilidade de certas narrativas no espaço escolar um fator de adoecimento e pauta importante para se pensar práticas pedagógicas que possam enfrentar os perigos de uma história única. Portanto, buscar caminhos para epistemologias que possam convocar as experiências negras se mostra urgente e capaz de corporificar a escola. Através das reflexões teóricas de bell hooks, Paulo Freire e das interlocuções com a literatura de Conceição Evaristo, desejamos que este corpo-escola possa favorecer a construção de comunidades pedagógicas engajadas com a promoção da saúde no ambiente escolar.
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