O ensino de Biologia em diálogos com tecnologias negras
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este ensaio tem como objetivo principal provocar diálogos entre o ensino de Biologia e as tecnologias ancestrais negras, com ênfase na implementação da Lei 10.639/2023 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Com o intuito de produzir diálogos, trabalhamos com as ideias de biointeração, ancestralidade e práticas de terreiro, oriundas de um pensamento afrodiaspórico. A partir destas concepções apontamos algumas porosidades com o ensino de Biologia e percebemos que tais aproximações podem contribuir com a produção de outras formas de ser, agir, pensar e se relacionar com o ambiente, além disso, promovem uma educação antirracista e um ensino de Biologia transversal e contra-colonial.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Referências
BOLSANELLO, Maria Augusta. Darwinismo social, eugenia e racismo “científico”: sua repercussão na sociedade e na educação brasileira. Educar em Revista, p. 153-165, 1996.
FERRAÇO, Carlos Eduardo; CARVALHO, Janete Magalhães. Lógicas de currículos em redes e projetos: entre equívocos e possíveis no cotidiano. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo; CARVALHO, Janete Magalhães (org.). Currículos, pesquisas, conhecimentos e produção de subjetividades. Petrópolis, RJ: DP et Alii, 2013.
GOMES, Nilma Lino. O movimento Negro e a intelectualidade negra descolonizando os currículos. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte, MG, Autêntica, 2018.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio Janeiro: Zahar. 2020.
Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO). Acervo digital. Disponível em: http://ipeafro.org.br/acervo-digital/imagens/adinkra/ . Último acesso: 26 de abr. 2022.
KIMURA, Lilian; LEMES, Renan Barbosa; NUNES, Kelly. Ancestralidade: genética, herança e identidade. Genética na Escola, v. 17, n. 1, p. 41-52, 2022.
MACHADO, Vanda. Exu: o senhor dos caminhos e das alegrias. Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, v. 6, 2010.
MARIN, Yonier Alexander Orozco. Repensando o corpo no ensino de ciências e biologia a partir de diálogos entre discursos decoloniais africanos e das travestis na América Latina. Revista Educação, Cultura e Sociedade, v. 10, n. 1, 2020.
NETO, Jéssica Lopes; SELLES, Sandro Escovedo; VALIENTE, Carine. Ensino de biologia e racismo: representações de corpos negros em coleções didáticas de ciências da natureza e suas tecnologias. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, [S. l.], v. 15, n. nesp2, p. 831–852, 2022. DOI: 10.46667/renbio.v15inesp2.746. Disponível em: https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/746 . Acesso em: 7 out. 2023.
OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade como filosofia africana: Educação e cultura afro-brasileira. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação. n. 18: maio/out., 2012, p. 28-47.
PAGAN, Alice Alexandre. O ser humano do Ensino de Biologia: uma abordagem fundamentada no autoconhecimento. Revista Entreideias: educação, cultura e sociedade, v. 7, n. 3, 2018.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Mórula Editorial, 2019.
SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília, DF: INCTI - UnB, 2015.
SANTOS, Edeise Gomes Cardoso. Tecnologia ancestral: reflexões sobre a dança aterrada na pandemia. CONGRESSO CIENTÍFICO NACIONAL DE PESQUISADORES EM DANÇA, 6., 2021. Anais... 2.ed. virtual. Salvador: Associação Nacional de Pesquisadores em Dança : Editora ANDA, 2021. p. 2677-2692.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo e identidade social: territórios contestados. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação, 9.ed. Petrópolis, RJ: 2011.
SILVA, Viviam Parreira; RUFINO, Luiz. Notas sobre o ser/saber afrodiaspórico: ancestralidade, circularidade e pertencimento como motrizes para uma educação contracolonial. Capoeira – Revista de Humanidades e Letras, v.7, n. 1, 2021.
VIEIRA, Maglis; TRISTÃO, Martha. Algumas aproximações da educação ambiental com o pensamento decolonial, a ética Ubuntu e o Bem Viver. Ambiente & Educação, v. 26, n. 1, p. 296-324, 2021.
WADE, Peter. Raça: natureza e cultura na ciência e na sociedade. In: HITA, M. G. (org.). Raça, racismo e genética: em debates científicos e controvérsias sociais. Salvador: EDUFBA, 2017. p. 47-80.